2025 será um ano crucial para a realidade aumentada e virtual da Meta, afirma o CTO.

por Marcos Evaristo
2025 will be a 'pivotal year' for Meta’s augmented and virtual reality, says CTO

Meta Ruma em Direção à Grandeza no Setor de Realidade Aumentada e Virtual

Andrew “Boz” Bosworth, CTO da Meta e uma das primeiras 15 engenheiras da empresa, compartilhava um memo no início deste ano, prevendo que 2025 poderia ser o ano em que a Reality Labs, a divisão de realidade aumentada e virtual da companhia, alcançaria novo patamar. Em contraste, essa data também poderia marcar o momento em que o metaverso se tornaria uma “lendária desventura”.

Atualmente, Boz parece inclinar-se mais para o potencial de grandeza do projeto. Contudo, o mercado será o verdadeiro juiz de sua trajetória.

“Vamos medir no final da década, mas este realmente parece ser o ano crucial,” afirmou Boz durante uma entrevista à Bloomberg Technology na quinta-feira.

Em sua fala, Boz destacou que os óculos inteligentes da Meta, desenvolvidos em parceria com a Ray-Ban, têm sido um marco que atraiu tanto consumidores quanto concorrentes. Desde seu lançamento em outubro de 2023, a Meta já vendeu mais de 2 milhões de pares. No último outono, as vendas desses óculos superaram as de modelos tradicionais da Ray-Ban, mesmo antes da inclusão de recursos de inteligência artificial.

Enquanto isso, o Google anunciou, no mês passado, parcerias com Gentle Monster e Warby Parker para criar óculos inteligentes baseados na tecnologia Android XR. A Apple também estaria se preparando para lançar seus próprios óculos inteligentes em 2026.

“De repente, estamos saindo da obscuridade para trazer ao mundo um produto muito atraente para os consumidores, o que também atrai a atenção de nossos concorrentes,” destacou Boz. “O cronômetro começou e isso significa que o progresso que fazemos este ano é de valor desproporcional em relação a qualquer outro ano.”

No entanto, a competição no setor não significa nada se o mercado não adotar os produtos de realidade aumentada e virtual da Meta, algo que, se conseguido, poderia padronizar essa tecnologia na indústria.

“O mercado, especialmente no que diz respeito ao hardware, é um indicador retardatário,” observou Boz. “Por isso, procuramos indicadores precoces. De certa forma, é necessário ter um nível de confiança e bom gosto internamente.”

Boz mencionou que esse aprendizado veio de sua experiência com Sheryl Sandberg, ex-chefe de operações da Meta.

“Sheryl sempre falava que a maioria das empresas não falha por serem superadas por um concorrente,” afirmou Boz. “A verdadeira razão das falências geralmente se resume à falta de execução em seus próprios planos. O que tento fazer com a equipe é nos concentrar, não tanto na concorrência, mas em [quando] estamos indo em direção aos nossos padrões.”

O CTO da Meta revelou que a empresa possui “um conjunto de planos ambiciosos para este ano” e que, até agora, está cumprindo com o cronograma adequado.

“O que saberemos ao final do ano é se conseguimos cumprir nosso plano ou não,” disse Boz. “E o que saberemos em cinco anos é se isso foi suficiente.”

O Futuro da Realidade Aumentada e Virtual

A visão otimista de Boz representa não apenas a ambição da Meta, mas também um momento crucial para a indústria de tecnologia. Com gigantes como Google e Apple investindo pesado em óculos inteligentes e experiências de realidade aumentada, a competição se intensifica. Para a Meta, a corrida para solidificar sua presença nesse mercado é mais do que uma questão de prestígio: trata-se de garantir relevância e inovação em um setor em rápida evolução.

Expectativas para 2025

O ano de 2025 é aguardado com grande expectativa, com muitos questionamentos sobre se a Meta conseguirá se estabelecer como líder na arena do metaverso. Bosworth acredita que a execução de estratégias inovadoras nos próximos anos pode redefinir o futuro da empresa e, potencialmente, da sua divisão de realidade aumentada e virtual. “A pressão está sobre nós, mas também a oportunidade,” ele conclui.

À medida que mais consumidores se familiarizam com as novas tecnologias, a aceitação do mercado inicial será fundamental. A Meta, assim como outras empresas, terá que operar em um equilíbrio delicado de inovação e acessibilidade para garantir que seus produtos atinjam uma audiência ampla. Se Boz estiver certo, 2025 poderá não apenas marcar um novo pico para a Reality Labs, mas também abrir as portas para a próxima grande onda de tecnologia.

A Importância da Execução

A essência da declaração de Boz vai além do simples ato de competir: trata-se de execução estratégica. O foco em planos internos e na capacidade de inovar pode ser a chave para o sucesso em um mercado tão volátil. “A capacidade de se adaptar às mudanças e de evoluir constantemente suas ofertas é essencial para qualquer empresa que busque vingar nesta nova era da tecnologia,” afirmou.

As citações de figuras proeminentes como Sheryl Sandberg ressaltam que a habilidade de uma empresa de prosperar depende não só de enfrentar a concorrência, mas de sua capacidade de ser fiel a sua própria visão. Com isso, fica clara a mensagem da Meta: a determinação e a clareza nas metas podem levar a resultados transformadores.

Pela frente, o caminho pode ser desafiador, mas também repleto de possibilidades. A Meta está a um passo de moldar a nova era digital, e seu sucesso ou fracasso nos próximos anos definirá não apenas sua trajetória, mas provavelmente a direção da tecnologia de realidade aumentada e virtual como um todo.

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