Amogh Chaturvedi e a Revolução do Comportamento Humano nas Empresas
O mundo das startups é repleto de histórias inspiradoras, mas poucas são tão cativantes quanto a de Amogh Chaturvedi. Este jovem de 20 anos, que abandonou Stanford para seguir sua paixão empreendedora, está mudando a forma como empresas entendem o comportamento de seus usuários. Em uma manhã de trabalho agitada, Chaturvedi compartilhou sua trajetória e a visão por trás de sua mais recente criação, a Human Behavior, que promete revolucionar a análise de dados.
Um Começo Rápido e Intenso
A jornada de Chaturvedi começou de forma inesperada. Ele se encontrou em uma situação familiar preocupante envolvendo um patinete elétrico, mas rapidamente voltou ao foco. Em pouco tempo, ele estava animado, discutindo como, aos 19 anos, junto com seus co-fundadores, vendeu uma startup e conseguiu levantar 5 milhões de dólares em uma rodada de investimentos para a Human Behavior.
A Human Behavior foi lançada há poucos meses, em busca de resolver um problema crítico que ferramentas de análise como Mixpanel e PostHog não conseguiram solucionar: proporcionar uma compreensão real do uso dos produtos pelas pessoas, abordando questões como conversões e desistências.
O Que Faz a Human Behavior Ser Diferente?
Ao contrário das ferramentas tradicionais que exigem dados meticulosamente tagueados ou dados de cliques, a Human Behavior utiliza uma tecnologia inovadora de inteligência artificial. O que isso significa na prática? A equipe da Human Behavior observa replays das sessões em que usuários interagem com os produtos, extraindo valiosas informações sem a necessidade de horas de programação e análises complexas.
Com apenas quatro meses de vida, a startup chamou a atenção dos investidores e arrecadou 5 milhões de dólares em um tempo-recorde de apenas dois dias, atraindo o suporte de nomes respeitados como General Catalyst e Vercel Ventures.
Superando Desafios e Encontrando Oportunidades
Chaturvedi, junto com seus co-fundadores, Skyler Ji e Chirag Kawediya, se conheceu durante um evento que ele organizou em 2023 para construir um espaço de criação e aprendizado. Antes da Human Behavior, a equipe trabalhou na Dough, uma ferramenta de contabilidade para e-commerce. Embora a Dough tenha sido aceita no programa de aceleração Y Combinator, a equipe rapidamente percebeu que precisava pivotar após conversas com seus clientes. O que começou como contabilidade evoluiu para uma necessidade mais profunda de entender o “porquê” por trás dos números.
A Necessidade de Compreender o Usuário
Os feedbacks dos clientes mostraram que, embora a Dough pudesse mostrar quais produtos estavam vendendo, os clientes queriam respostas para perguntas mais profundas: “Por que os usuários estão desistindo?” e “Por que alguns produtos são mais populares que outros?”. Essas perguntas exigiam uma análise baseada em dados de comportamento, em vez de relatórios contábeis simples.
Dessa maneira, a equipe decidiu vender a Dough, permitindo que eles se concentrassem completamente na Human Behavior, uma decisão que já está dando frutos.
Como a Análise Comportamental Pode Mudar o Jogo
Kawediya destaca um problema comum em muitas empresas: a necessidade de engenheiros para configurar rastreadores de eventos para cada clique e botão. Esse processo é demorado e muitas vezes ineficiente. Com a Human Behavior, a abordagem é diferente. Ao observar replays das sessões de usuários, as empresas podem entender como as pessoas realmente interagem com seus produtos, tudo isso economizando valioso tempo e recursos.
Replays de sessões podem parecer novos para alguns, mas a tecnologia de visão computacional que permite extrair insights em grande escala é cada vez mais precisa. A Human Behavior utilizou essa tecnologia para rever e resumir milhares de horas de interações do usuário, tornando-se uma ferramenta poderosa para quem busca compreender seu público de maneira mais eficaz.
A Revolução da Análise de Dados
Os clientes atuais da Human Behavior, que são em grande parte startups em crescimento, recebem relatórios diários que destacam quais recursos estão sendo utilizados, quais bugs estão aparecendo e quais usuários estão se afastando. Desde seu lançamento, a empresa viu um crescimento mensal de 20%. Os fundadores acreditam que esses replays se tornam uma “mina de ouro” inexplorada para as equipes.
Ao longo do tempo, a mesma base de dados pode ser usada para automatizar a verificação de qualidade e suporte técnico, uma visão ambiciosa que coloca a Human Behavior à frente de empresas já estabelecidas.
A Concorrência e o Futuro
Os fundadores estão confiantes de que sua tecnologia os permitirá competir de igual para igual com gigantes como Mixpanel e PostHog. Chaturvedi mencionou que para algumas dessas empresas pode ser difícil replicar a abordagem que eles estão adotando, já que suas arquiteturas não suportam essa evolução sem recomeçar do zero.
A ideia de construir uma nova tecnologia desde o início é uma estratégia que eles acreditam que os diferenciará em um mercado tão competitivo.
Conclusão
Amogh Chaturvedi e sua equipe demonstram que, mesmo em um mundo acelerado e muitas vezes imprevisível, ainda há espaço para inovações que buscam entender melhor as necessidades humanas. A Human Behavior não é apenas uma ferramenta; é uma abordagem que pode revolucionar como as empresas se conectam com seus usuários.
Ao reunir tecnologia avançada e uma profunda compreensão do comportamento do consumidor, a equipe está criando um futuro no qual as métricas não são apenas números, mas também histórias que ajudam a margear a experiência do usuário e a conduzir o sucesso nos negócios. Em última análise, a conversa sobre como usar a análise de dados se tornou muito mais rica, proporcionando às empresas uma oportunidade sem precedentes de realmente escutar e entender seus clientes.
Insights Finais: A Human Behavior representa uma nova era na análise de dados, focando em oferecer uma compreensão mais completa do usuário. Ao abraçar a tecnologia, Chaturvedi e sua equipe estão moldando o futuro das startups e redefinindo o que significa ter sucesso neste espaço dinâmico.
