À medida que a temperatura do planeta aumenta, há um local se tornando mais frio.

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Estudo revela o resfriamento do Atlântico Norte e seus possíveis impactos no clima europeu nas próximas décadas

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Enquanto o aquecimento global continua a afetar o clima em várias partes do mundo, um estudo recente aponta para um fenômeno intrigante no Atlântico Norte — uma área específica entre a Groenlândia e a Irlanda, que deverá resfriar nas próximas décadas. Esta “mancha fria” é o que os pesquisadores chamam de “Buraco de Aquecimento do Atlântico Norte” (NAWH), apresentando uma coloração azul nos mapas globais de calor oceânico e contrastando com a tendência de aquecimento das águas em várias partes do planeta.

Fenômeno conhecido como “mancha fria” pode impactar o clima europeu e desafia as teorias sobre o aquecimento global – Imagem: murattellioglu/Shutterstock

Entendendo o Resfriamento do Atlântico Norte

  • O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade do Alasca, liderados pela especialista Kay McMonigal, utilizou modelos computacionais para aprofundar-se neste fenômeno anômalo.
  • Por meio da simulação de diferentes cenários climáticos e utilizando dados históricos, os cientistas preveem que a redução da intensidade dos ventos, a partir de 2040, enfraquecerá a circulação oceânica no Atlântico Norte.
  • Este enfraquecimento provocará uma diminuição na agitação das águas, resultando na redução do transporte de calor das águas profundas para a superfície, intensificando, assim, o resfriamento na região.
A redução da força dos ventos deve impactar a circulação oceânica e contribuir para o resfriamento nas próximas décadas – Imagem: andrejs polivanovs/Shutterstock

Impactos na Europa: Uma Preocupação Global

O resfriamento observado no Atlântico Norte pode ter repercussões significativas no clima europeu, indo muito além das águas do oceano. As temperaturas mais baixas nessa região podem afetar a corrente de jato do Atlântico Norte, alterando os padrões de chuva e temperatura na Europa.

Os pesquisadores ressaltam que essas mudanças climáticas precisam ser consideradas em modelos futuros para garantir previsões mais precisas a nível regional.

De acordo com McMonigal, o fenômeno de resfriamento no NAWH não contradiz o conceito de aquecimento global, mas sim se configura como uma consequência regional complexa das alterações climáticas em curso.

Os resultados da pesquisa foram publicados no Journal of Climate.

A previsão é de que parte do oceano Atlântico comece a esfriar nas próximas décadas, trazendo novas questões climáticas – Imagem: Susann Guenther / Shutterstock.com

Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, com experiência em copywriting, marketing digital e gestão de redes sociais. Atualmente, colabora com o Olhar Digital.

Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/06/09/ciencia-e-espaco/enquanto-a-temperatura-global-sobe-ha-um-lugar-ficando-mais-frio/

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