Com apenas 19 anos, a jovem brasileira Layssa Barbalho se destaca em projeto japonês e acumula prêmios na astronomia
Aos 19 anos, Layssa Victória Barbalho Assunção Silva solidifica sua trajetória como uma promissora astrônoma. Com um currículo repleto de conquistas, Layssa já foi medalhista em duas edições da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), venceu na categoria regional do NASA Space Apps Challenge e atualmente ocupa o cargo de embaixadora da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IAAC).
Recentemente, a estudante de física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) alcançou um feito surpreendente ao classificar 1.024 galáxias em apenas cinco dias, integrando-se a um projeto colaborativo que envolve participantes de todo o mundo, do Japão à Brasil.
De acordo com o site G1, a iniciativa faz parte de um programa japonês que convida voluntários a contribuir para pesquisas astronômicas, permitindo que cientistas expandam o conhecimento sobre o universo de forma colaborativa.

A importância dessa pesquisa voluntária foi ressaltada por Guilherme da Silva Lima, professor de física da UFMG. Em suas palavras, “embora todos possam participar, essa atividade não é trivial e é de fundamental importância. Layssa conseguiu classificar tantas galáxias em um tempo impressionante. Ela é proativa e possui um trabalho de excelência na divulgação científica, o que evidencia o potencial das mulheres na ciência e o crescimento dos cientistas brasileiros.”
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O que é e por que é importante a classificação de galáxias?
- A classificação de galáxias é crucial para compreender a evolução do universo e prever fenômenos cósmicos.
- As galáxias podem apresentar formas espirais, com braços enrolados ao redor de um núcleo, ou elípticas, de contornos ovalados, sendo a identificação dessas estruturas o primeiro passo na classificação.
- A proximidade de outras galáxias ou colisões entre elas pode alterar suas características, complicando sua categorização.
- Ainda que o projeto seja acessível ao público, a natureza complexa do trabalho ressalta a importância do envolvimento de jovens talentos como Layssa, que se destacou como um exemplo de excelência científica.
Mais uma brasileira mapeia o universo em um projeto global de astronomia
Essa não é a primeira vez que uma brasileira brilha no projeto “Galaxy Cruise”, promovido pelo Observatório Astronômico Nacional do Japão. Em 2022, Maria Larissa Paiva, uma estudante de apenas 16 anos, analisou 1.450 galáxias. Ela, que também já identificou um asteroide reconhecido pela NASA, gerenciou sua pesquisa de forma independente enquanto concilia seus estudos no ensino médio.
