Mudanças inevitáveis: o efeito concreto da IA em nosso cotidiano.

Não é apenas uma sensação: o mundo está acelerando rapidamente, e a razão principal disso é a inteligência artificial (IA). Nos últimos meses, as inovações baseadas em IA têm dominado as manchetes, revolucionando escritórios, gerando textos, criando imagens e até mesmo compondo músicas. A intensidade dessa mudança é tão impressionante que muitos especialistas a comparam à surgimento da internet, mas em uma velocidade que pode ser descrita como ritmo de Fórmula 1.

Essa transformação não ocorre por acaso; é fruto de uma potente combinação de tecnologia e capital. O ChatGPT, desenvolvido pela OpenAI, atingiu a marca de 800 milhões de usuários em apenas 17 meses, um crescimento mais acelerado do que qualquer rede social já viu na história.

Essa velocidade não é apenas tecnológica; existe uma pressão intensa para que tudo que a IA toca se torne rapidamente útil e lucrativo. A inteligência artificial já está sendo utilizada para automatizar serviços de atendimento ao cliente, redação de códigos, produção de conteúdo e até diagnósticos médicos.

Entretanto, nem tudo é um mar de rosas. Por trás de cada avanço, encontramos uma corrida frenética que requer colossais investimentos e coloca até as maiores empresas de tecnologia na corda bamba entre inovação e risco de prejuízo.

A Revolução da IA é a Mais Rápida da História

• Essa afirmação foi destacada pelo TechCrunch, que analisou o mais recente relatório da investidora Mary Meeker, uma figura significativa no Vale do Silício, frequentemente referida como a “Rainha da Internet”.
• Após um intervalo desde 2019, Meeker retornou ao cenário para afirmar: nunca antes uma tecnologia foi adotada com tanta rapidez quanto a inteligência artificial.
• O relatório, com mais de 300 páginas, intitulado “Trends — Artificial Intelligence”, apresenta dados que impressionam até os mais céticos.
• A adoção da IA está superando a de qualquer outra tecnologia já existente, tanto em velocidade quanto em escala. Não se trata apenas de especulação: são dados concretos sobre usuários, custos, chips, energia e investimentos.

Meeker também observa um aspecto fascinante: essa aceleração possui um caráter quase poético. A internet, que foi o catalisador da transformação digital há 25 anos, agora está sendo ultrapassada pela IA, que assume o papel de protagonista da próxima grande virada. Aqueles que viveram a primeira onda de inovação agora são testemunhas da chegada de um novo ciclo, mais veloz, mais profundo e, talvez, ainda mais imprevisível.

Tudo ao Mesmo Tempo e Mais Barato

O crescimento explosivo do ChatGPT exemplifica perfeitamente essa nova fase: como mencionado, 800 milhões de usuários em apenas 17 meses. Isso é um feito sem precedentes, já que nunca antes uma tecnologia teve alcance tão semelhante tão rapidamente. Além disso, o número de empresas de IA emergentes que estão alcançando faturamentos milionários rapidamente também é notável.

Simultaneamente, os custos para utilizar essas ferramentas estão despencando. Embora o treinamento de um modelo possa custar até US$ 1 bilhão (R$ 5,56 bilhões), o preço para operá-lo caiu 99% em apenas dois anos, segundo dados da Universidade de Stanford. Isso significa que tornar a IA funcional ficou mais acessível, abrindo caminho para uma adoção em massa.

Na corrida pelos chips, o avanço tecnológico é tão radical quanto o do software. A GPU Blackwell, da Nvidia, consome 105 mil vezes menos energia por token se comparada à antiga Kepler, de 2014. Simultaneamente, Google e Amazon estão desenvolvendo chips próprios, como o TPU e o Trainium, para potencializar suas operações em nuvem com recursos de IA. Essas não são iniciativas experimentais; são apostas fundamentais para dominar a próxima fase da computação.